"Canción del que fabrica los espejos" - Juan Manuel Roca
Fabrico espejos:
Al horror agrego más horror,
Más belleza a la belleza.
Llevo por la calle
La luna de azogue:
El cielo se refleja en el espejo
Y los tejados bailan
Como un cuadro de Chagall.
Cuando el espejo entre en otra casa
Borrará los rostros conocidos,
Pues los espejos no narran su pasado,
No delatan antiguos moradores.
Algunos construyen cárceles,
Barrotes para jaulas.
Yo fabrico espejos:
Al horror agrego más horror,
Más belleza a la belleza.
"Canção do que fabrica os espelhos"
(Tradução/transcriação de Adriano Nunes)
Fabrico espelhos:
Ao horror agrego mais horror,
Muita beleza à beleza.
Levo pela rua
A lua de azougue:
O cosmo se reflete em um espelho
E os telhados bailam
Como um quadro de Chagall.
Quando o espelho adentre noutra casa
Borrará os rostos conhecidos,
Pois os espelhos não narram seu passado,
Não delatam antigos moradores.
Alguns constroem cárceres,
Barrotes para jaulas.
Eu fabrico espelhos:
Ao horror agrego mais horror,
Toda beleza à beleza.
In: "Antología de la poesía colombiana - TOMO II" por Rogelio Echavarría.
Nenhum comentário:
Postar um comentário