"mamografia"
radiotransparente
a mama,
a sua trama
de ductos e
glândulas.
assimetria
perfeita. à luz
poético-tecnológica,
a máquina explora
o tecido,
revira
o que não pode ser
visto. o medo fotografado
além da aréola e
do mamilo.
sábado, 30 de outubro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Poema s publicados na REVISTA LITERÁRIA CAPITU.
Poemas publicados na Revista Capitu:
Com grande alegria que compartilho, com os meus amigos e seguidores, a publicação de alguns poemas meus na REVISTA LITERÁRIA CAPITU: http://www.revistacapitu.com/materia.asp?codigo=251
Abraço fraterno,
Adriano Nunes.
Marcadores:
POEMA,
POESIA,
REVISTA CAPITU
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "Paquera"
"Paquera"
Do lar,
Atiro-me aos
Desvãos
Do além
Do alcance
Do campo
Da minha
Visão,
Abrigo-me
No largo
Espectro
Do cérebro
Dos sonhos
Que são.
Escondo-me
Num ponto
Atrás
Da córnea.
Então,
Sem volta,
Devolvo-me
Ao cosmo
Depois
Da porta.
A fresta,
Lá fora,
Mais fecha-se:
Um flerte
Não resta,
Nem pálpebra
Alerta.
A vida
Esvai-se
Insólita,
Sozinha,
Completa.
Do lar,
Atiro-me aos
Desvãos
Do além
Do alcance
Do campo
Da minha
Visão,
Abrigo-me
No largo
Espectro
Do cérebro
Dos sonhos
Que são.
Escondo-me
Num ponto
Atrás
Da córnea.
Então,
Sem volta,
Devolvo-me
Ao cosmo
Depois
Da porta.
A fresta,
Lá fora,
Mais fecha-se:
Um flerte
Não resta,
Nem pálpebra
Alerta.
A vida
Esvai-se
Insólita,
Sozinha,
Completa.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA,
POEMAS RONDONIENSES
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "o cárcere"
"o cárcere"
em casa,
as quatro
paredes
abrigam
as asas
do ser
que só
eu pude
não ser.
em casa,
é dédalo
ou nada.
em casa,
as quatro
paredes
abrigam
as asas
do ser
que só
eu pude
não ser.
em casa,
é dédalo
ou nada.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMAS RONDONIENSES
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "Dentro do impossível" - Para meu amado amigo Mariano.
"Dentro do impossível" - Para meu amado amigo Mariano.
Entre o som e o signo,
Sigo só. Divirto-me
Com o que é sem nome.
O sonho designo
Porque é o que sobra
Dentro do impossível.
Tudo é acessível
De uma vez: Manobra
Delicada, dita
De insólito porto.
Nesse tempo torto,
Nunca se cogita
Se a vida é finita,
Absoluto absorto.
Entre o som e o signo,
Sigo só. Divirto-me
Com o que é sem nome.
O sonho designo
Porque é o que sobra
Dentro do impossível.
Tudo é acessível
De uma vez: Manobra
Delicada, dita
De insólito porto.
Nesse tempo torto,
Nunca se cogita
Se a vida é finita,
Absoluto absorto.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA,
POEMAS RONDONIENSES
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "Pirraça" - Para Zélia Guardiano.
"Pirraça" - Para Zélia Guardiano
O verso
Não vem,
Nem via
Correio ou
Emeio.
O verso
Não tem
Rodeio:
O verso
Não veio!
O verso
Não vem,
Nem via
Correio ou
Emeio.
O verso
Não tem
Rodeio:
O verso
Não veio!
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
sábado, 23 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "Babel"
"Babel"
Entre o ar
E o açúcar,
O voo curto,
O descuido,
A vítrea vida.
Uma,
Duas
Drosófilas...
Talvez,
Três.
Em transe,
Transitam
Formidáveis
Formigas,
Ganham o dia.
Sob o cosmo
Infindo,
O abismo,
Babel
De bicho,
O próprio
Instinto,
O propósito
In situ,
O meio propício...
O lixo,
O pouso tímido,
O ovo,
A larva,
O ciclo.
Entre o ar
E o açúcar,
O voo curto,
O descuido,
A vítrea vida.
Uma,
Duas
Drosófilas...
Talvez,
Três.
Em transe,
Transitam
Formidáveis
Formigas,
Ganham o dia.
Sob o cosmo
Infindo,
O abismo,
Babel
De bicho,
O próprio
Instinto,
O propósito
In situ,
O meio propício...
O lixo,
O pouso tímido,
O ovo,
A larva,
O ciclo.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "Sobre Porto Velho"
"Sobre Porto Velho" - Para minha mãe
Chove brutalmente
Sobre Porto Velho.
A noite não tem
Saída. O momento
Estagna entre o vento
Lá fora e o ruído
De vozes herméticas.
Chove... Trama em transe.
Trânsito, propósito,
Programa, promessa
Pra se não chover
Mais. Depois, quem sabe.
Trovões atravessam
A minha tristeza.
Chove. Porto Velho
Adormecerá
Antes da Sessão
De Gala. Nem vida
Nem um movimento
Suportam tal tédio.
Gasta-se a esperança.
Chove brutalmente
Sobre Porto Velho.
A noite não tem
Saída. O momento
Estagna entre o vento
Lá fora e o ruído
De vozes herméticas.
Chove... Trama em transe.
Trânsito, propósito,
Programa, promessa
Pra se não chover
Mais. Depois, quem sabe.
Trovões atravessam
A minha tristeza.
Chove. Porto Velho
Adormecerá
Antes da Sessão
De Gala. Nem vida
Nem um movimento
Suportam tal tédio.
Gasta-se a esperança.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA,
POEMAS RONDONIENSES
domingo, 17 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "imenso amor"
"imenso amor"
imenso amor
em mim imerso
metro do verso
mel do melhor
amor intenso
sem ser complexo
sem ter um nexo
amor que penso
amor que invento
amor esperto
amor decerto
nesse momento
íntimo amor
pleno completo
de amor repleto
amor amor!
imenso amor
em mim imerso
metro do verso
mel do melhor
amor intenso
sem ser complexo
sem ter um nexo
amor que penso
amor que invento
amor esperto
amor decerto
nesse momento
íntimo amor
pleno completo
de amor repleto
amor amor!
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
sábado, 16 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "O MUNDO"
"O MUNDO"
o mundo não é meu
o mundo não é seu
o mundo em nossa mente
aconteceu.
o mundo dá mil voltas
o mundo deu mil nós
o mundo somos nós
o que o teceu?
o mundo não é lógica
o mundo não é mágica
o mundo? um labirinto
desde teseu.
o mundo é todo mundo
o mundo é tudo em frente
o mundo é tão profundo
pronto, nasceu?
o mundo não tem tempo
o mundo é sem lugar
ao mundo quer chegar
feito odisseu.
o mundo é uma ideia
o mundo não se ensaia
o mundo é mesmo gaia
e os filhos seus.
o mundo é de propósito
o mundo é diferente
o mundo é dessa gente
que criou zeus.
o mundo não é meu
o mundo não é seu
o mundo em nossa mente
aconteceu.
o mundo dá mil voltas
o mundo deu mil nós
o mundo somos nós
o que o teceu?
o mundo não é lógica
o mundo não é mágica
o mundo? um labirinto
desde teseu.
o mundo é todo mundo
o mundo é tudo em frente
o mundo é tão profundo
pronto, nasceu?
o mundo não tem tempo
o mundo é sem lugar
ao mundo quer chegar
feito odisseu.
o mundo é uma ideia
o mundo não se ensaia
o mundo é mesmo gaia
e os filhos seus.
o mundo é de propósito
o mundo é diferente
o mundo é dessa gente
que criou zeus.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA,
POEMAS RONDONIENSES
sábado, 9 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "oa r do po et a" - Para Haroldo de Campos
"oa r do po et a" - Para Haroldo de Campos
oa r
v oa
a través
d oa r
a traves s a
oa r
s em press a
o vo o
d o ve r
s oa r a
o po et a.
oa r
v oa
a través
d oa r
a traves s a
oa r
s em press a
o vo o
d o ve r
s oa r a
o po et a.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
CONCRETISMO,
POEMA
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "Trânsito" - Para Arnaldo Antunes
"Trânsito" - Para Arnaldo Antunes
Entre a
Boca e o
Ânus
Estranho
Trânsito.
Entre o
Átrio e a
Femural
Fluxo
Total.
Entre o
Cérebro e o
Plexo braquial
Bloqueio
Anestésico.
Entre o
Néfron e a
Bexiga
Rápida
Descida.
Entre a
Narina e o
Alvéolo
Livre
Acesso.
Entre o
Sinal verde e o
Amarelo
Avança o
Verso.
Entre a
Boca e o
Ânus
Estranho
Trânsito.
Entre o
Átrio e a
Femural
Fluxo
Total.
Entre o
Cérebro e o
Plexo braquial
Bloqueio
Anestésico.
Entre o
Néfron e a
Bexiga
Rápida
Descida.
Entre a
Narina e o
Alvéolo
Livre
Acesso.
Entre o
Sinal verde e o
Amarelo
Avança o
Verso.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
POEMA
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "pipoca popconcreta" - Para Paulo Leminski
"pipoca popconcreta" - Para Paulo Leminski
o i do ping o pong
do ping e pong o i
do bip do pib a ong
o pub o pab o pop
o i bop e o p
do pop up do ip do
ap o ob o ipod o
ipad o i do it do
if do id e o point
do pingo do ponto do i
do link do bip do pib
do ping e pong o b
do púbis do bis do business
o pub o pop pop up
o ipod o ipad o iphone
a ong o king kong o
o do ob do ibope do
ok o t do todo o
p do pro e do pi
do point da ponte do i
o ing do i ching making
o ping do ping e pong
o pib o pub o pop
o bip o it do ritmo
do hip hop o post mortem
a urbe o abc a coab
o icms o iml o ícone
do id do bope o ícaroo
ácido do ego o eco
do pranto do pingo do i
o i do ping o pong
do ping e pong o i
do bip do pib a ong
o pub o pab o pop
o i bop e o p
do pop up do ip do
ap o ob o ipod o
ipad o i do it do
if do id e o point
do pingo do ponto do i
do link do bip do pib
do ping e pong o b
do púbis do bis do business
o pub o pop pop up
o ipod o ipad o iphone
a ong o king kong o
o do ob do ibope do
ok o t do todo o
p do pro e do pi
do point da ponte do i
o ing do i ching making
o ping do ping e pong
o pib o pub o pop
o bip o it do ritmo
do hip hop o post mortem
a urbe o abc a coab
o icms o iml o ícone
do id do bope o ícaroo
ácido do ego o eco
do pranto do pingo do i
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
CONCRETISMO,
POEMA
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Adriano Nunes: "Montanha-russa - Para Régis Bonvicino."
"Montanha-russa" - Para Régis Bonvicino
Devagar
o m ó v e l v a i
pelo t r i l h o subINDO
SUBINDO SUBINDO SUBINDO SUBINDO...
DE REPENTE,
DESPRENDE-SE E DESPENCA e desce
e desce
e
desce
o
b
e
d
e
c
e
n
d
o
à
grávida gravidade
LoOpInGs
graus SESSENTA e TREZEntos
V A AA AA AI IIII III II I e vem
VeM e V a I
de mil m o v i m e n t o s.
Frio na barriga do artista,
Ululante alegria,
Mais que susto.
dIvAgAnDo A mEnTe VaI...
SseEnnTTiInNdDoO Ee PpEeNnSsAaNnDdOo...
E quando, à tez de um instante qualquer,
Tudo parece findar, forma-se
Um ciclo constante,
Qual signo
Em um verso de Baudelaire.
Devagar
o m ó v e l v a i
pelo t r i l h o subINDO
SUBINDO SUBINDO SUBINDO SUBINDO...
DE REPENTE,
DESPRENDE-SE E DESPENCA e desce
e desce
e
desce
o
b
e
d
e
c
e
n
d
o
à
grávida gravidade
LoOpInGs
graus SESSENTA e TREZEntos
V A AA AA AI IIII III II I e vem
VeM e V a I
de mil m o v i m e n t o s.
Frio na barriga do artista,
Ululante alegria,
Mais que susto.
dIvAgAnDo A mEnTe VaI...
SseEnnTTiInNdDoO Ee PpEeNnSsAaNnDdOo...
E quando, à tez de um instante qualquer,
Tudo parece findar, forma-se
Um ciclo constante,
Qual signo
Em um verso de Baudelaire.
Marcadores:
ADRIANO NUNES,
CONCRETISMO,
POEMA
Assinar:
Postagens (Atom)