"Noite de silício"
Olha
A noite se dilatando
Através das frestas do agora,
Aves se aconchegando, umas em bando,
Na prata da fria ramagem,
Favônio espalhando as
Folhas de silício,
O infinito.
Olha
As nuvens convergindo
No cume das altíssimas montanhas,
As feras se encolhendo
Sobre a relva, atentas
Ao silêncio de grafite,
Os homens
Entre os homens
E o olvido a corroer
Seus floridos sonhos... (Que importa?)
A treva se dispersa lá fora,
Ouvem-se frágeis cantos...
Os espectros conversam... (Algo íntimo?)
E esses monstros se disfarçando em homens...
(São homens!)
Consomem-se.
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