"Febo" - Para Antonio Carlos Secchin
Face a face
Com a estátua
D' alvo mármore... e o
Gesto mágico:
Desse lado,
Sonho e carne
Encantados.
Doutro lado, o
Deus da Harpa
Sem palavras.
Mas, de fato,
Algo fala
À minh'alma.
Um oráculo
Encravado
No pensar?
Ou só o ato
De inventar
O contato?
Face a face,
Enganamo-nos.
À socapa, a
Áurea estátua
Meu ser rapta,
Quer ter mais
Que voz, âmago,
O tutano
De um olhar.
E, assim, vaga-
Mente, cada
Um se esvai.
Eu, somando-me
À grã graça
Pétrea, apático,
Fotografo-o:
Que deus frágil!
E, co'a máquina
Fotográfica,
Capto o instante
Raro... E escapo.
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