quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Adriano Nunes: "Descoberta"

"Descoberta" 


Descobri que sou poeta.
Pela fresta do infinito 
Íntimo, um outro me observa.
O que quer tanto de mim, 
Agora que me explicito
Assim - Finjo? - Nesse escrito?
Descobri que tudo dói
Em minh'alma, que se agita,
Como se, qualquer saída
Pretendida, nunca houvesse,
Nem a existência bastasse
Mais... Eureca! Eureca! Eureca!
Descobri que sou poeta!

Nenhum comentário: