"Lilikova e os dragões de Azurkdir" - para Mariano
Não estamos no circo de Lielev.
Não estamos à espera de pão e festa.
Não estamos à espera do Chefe
Da tribo das Grãs Serpes.
Estamos deitados ao lado de
Lilikova, esperando, com ela,
Os dragões de Azurkdir, três
Deles que darão sinal na janela
Do quarto quando a vida se fizer leve.
Não estamos nos Vales dos Desejos.
Não estamos à espera de caos e frevo.
Não estamos à espera do Chefe
Da nossa tribo que foi ferido mesmo
Pelos seus editos que pra nada servem.
Estamos acampados no devir, sem pressa,
À espera, com Lilikova, dos três
Dragões azuis que virão do Esquecimento.
Lilikova nos disse que os tem
Para sempre. Nós acreditamos que
Para sempre também teremos
Os três dragões. Sempre para sempre.
Lilikova está impaciente.
E isso nos deixa impacientes também.
Perguntamos à Lilikova se
Os dragões como a gente nomes têm.
Ela responde: não têm! Eles não têm!
Perguntamos à Lilikova se eles
Têm fome como a tem a gente.
Ela responde: não têm! Eles não têm!
Perguntamos à Lilikova se eles querem
O mundo como nós queremos.
Ela diz sem receio: de nenhum jeito!
Perguntamos se sabem eles do tédio.
Ela ri e nos diz: eles não levam nada a sério.
Perguntamos se eles elegem
Chefes e dão-lhes poder para serem
Governados. Ela fala abertamente
Que eles são livres desde que
Devoraram as próprias crenças.
Não estamos nas montanhas de Lielev.
Não estamos à espera de vãos e frestas.
Já se passaram alguns séculos
E continuamos à espera
Dos dragões de Azurkdir. Não devem
Demorar mais. Lilikova nos tenta
Convencer. Ela sempre nos convence.
Amanhã talvez cheguem os três
Dragões azuis. De uma vez. Os três
Dragões de Azurkdir. Ou na primavera.
Quando os crisântemos estiverem
Abertos para possibilidades estéticas.
Lilikova parece que quer
Fechar as janelas. Temos medo de
Perguntar se os dragões não mais vêm.
Não estamos à espera de pão e festa.
Não estamos à espera do Chefe
Da tribo das Grãs Serpes.
Estamos deitados ao lado de
Lilikova, esperando, com ela,
Os dragões de Azurkdir, três
Deles que darão sinal na janela
Do quarto quando a vida se fizer leve.
Não estamos nos Vales dos Desejos.
Não estamos à espera de caos e frevo.
Não estamos à espera do Chefe
Da nossa tribo que foi ferido mesmo
Pelos seus editos que pra nada servem.
Estamos acampados no devir, sem pressa,
À espera, com Lilikova, dos três
Dragões azuis que virão do Esquecimento.
Lilikova nos disse que os tem
Para sempre. Nós acreditamos que
Para sempre também teremos
Os três dragões. Sempre para sempre.
Lilikova está impaciente.
E isso nos deixa impacientes também.
Perguntamos à Lilikova se
Os dragões como a gente nomes têm.
Ela responde: não têm! Eles não têm!
Perguntamos à Lilikova se eles
Têm fome como a tem a gente.
Ela responde: não têm! Eles não têm!
Perguntamos à Lilikova se eles querem
O mundo como nós queremos.
Ela diz sem receio: de nenhum jeito!
Perguntamos se sabem eles do tédio.
Ela ri e nos diz: eles não levam nada a sério.
Perguntamos se eles elegem
Chefes e dão-lhes poder para serem
Governados. Ela fala abertamente
Que eles são livres desde que
Devoraram as próprias crenças.
Não estamos nas montanhas de Lielev.
Não estamos à espera de vãos e frestas.
Já se passaram alguns séculos
E continuamos à espera
Dos dragões de Azurkdir. Não devem
Demorar mais. Lilikova nos tenta
Convencer. Ela sempre nos convence.
Amanhã talvez cheguem os três
Dragões azuis. De uma vez. Os três
Dragões de Azurkdir. Ou na primavera.
Quando os crisântemos estiverem
Abertos para possibilidades estéticas.
Lilikova parece que quer
Fechar as janelas. Temos medo de
Perguntar se os dragões não mais vêm.
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