"Arte poética"
Queres a rima,
Mas ela sangra.
Partes pra cima.
Queres o ritmo,
Mas ele sangra.
Tendes ao risco.
Queres o metro,
Mas ele sangra.
Chegas bem perto.
Queres a folha,
Mas ela sangra.
Quase te açoitas.
Queres o lápis,
Mas ele sangra.
Tanto não sabes.
Queres o verso,
Mas ele sangra.
Estás mais cético.
Queres o tempo,
Mas ele sangra.
Sê todo atento!
Queres o sonho,
Mas ele sangra.
Estás te expondo?
Queres o canto,
Mas ele sangra.
Cansa-te o espanto?
Queres a vida,
Mas ela sangra.
Muito não digas!
Queres o signo,
Mas ele sangra.
Pesas o mínimo.
Queres o corpo
Mas ele sangra.
Queres tão pouco!
Nada adianta.
Mas ela sangra.
Partes pra cima.
Queres o ritmo,
Mas ele sangra.
Tendes ao risco.
Queres o metro,
Mas ele sangra.
Chegas bem perto.
Queres a folha,
Mas ela sangra.
Quase te açoitas.
Queres o lápis,
Mas ele sangra.
Tanto não sabes.
Queres o verso,
Mas ele sangra.
Estás mais cético.
Queres o tempo,
Mas ele sangra.
Sê todo atento!
Queres o sonho,
Mas ele sangra.
Estás te expondo?
Queres o canto,
Mas ele sangra.
Cansa-te o espanto?
Queres a vida,
Mas ela sangra.
Muito não digas!
Queres o signo,
Mas ele sangra.
Pesas o mínimo.
Queres o corpo
Mas ele sangra.
Queres tão pouco!
Nada adianta.
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