"Karfdazov chega à Lievryk-Jokkrev"
As apostas são altas, Senhores!
Apostem! Façam as suas apostas
Logo, porque já deixamos
A Górgona furiosa, muito furiosa!
Mais e mais! Apostem!
Quantas víboras há
Na cabeça da velha Górgona
Capturada nas cavernas de Salena?
É isso que está ouvindo
Karfdazov que acabara de chegar
À Lievryk-jokkrev. Pobre Karfdazov!
Da estranha jornada até que se lembra.
Ninguém até hoje, até agora,
Conseguiu contar as víboras
Da cabeça da velha Górgona.
Até agora as víboras vibram
E confundem os que se atrevem
A contá-las. Mas não só!
Uns rapidamente gritam: trinta!
Mal se viram e pedra vingam.
Outros gritam: sessenta!
De repente, nova estátua rebenta.
Outros não têm sequer tempo
De abrir a boca.
O flerte mortal os atinge. Chance outra
Não há. Não há nada adentro.
Pobre Karfdazov! Curioso Karfdazov!
Dizem ser curiosa toda a gente.
Que será que é pago por
Essa loteria sem volta,
Essa álea diabólica? Aproxima-se
Karfdazov da fila para a grande jaula.
A grande jaula escura e silenciosa.
Todos querem ter a sua vez.
Todos querem o prometido prêmio.
Todos dispostos a tudo estão.
Que lhes importa a razão
A dilacerar suas mais honestas ilusões?
Por um instante, treme Karfdazov.
Sabe que estará entre a vida e a morte.
Sabe que só terá uma chance.
Pobre Karfdazov! Como pretende
Enfrentar essa gente que se
Espreme entre as gordurosas grades
Que dão acesso à Górgona de Salena.
De Karfdazov tenhamos pena.
Ele não sabe contar. Ele não sabe
Ler nem escrever. Nem da realidade
Ele sabe qualquer coisa.
Ah, essa gente eufórica que quer
A vida eterna tentando acertar
Quantas víboras há na cabeça da Górgona!
A vida eterna ou pedra.
Karfdazov é o milionésimo da fila.
Comprou um saco de pipoca.
Sabe que chegará a sua vez.
Sabe que terá a sua chance.
Ele sente que seguirá as instruções.
Ele já imagina quantas víboras
Há na cabeça da Górgona de Salena.
Karfdazov sabe que a fila segue
E, contente, come pipocas.
Vejam como a fila aumenta e segue!
Alguém gritou: quarenta!
Eternidade ou pedra - que importa?
Apostem! Façam as suas apostas
Logo, porque já deixamos
A Górgona furiosa, muito furiosa!
Mais e mais! Apostem!
Quantas víboras há
Na cabeça da velha Górgona
Capturada nas cavernas de Salena?
É isso que está ouvindo
Karfdazov que acabara de chegar
À Lievryk-jokkrev. Pobre Karfdazov!
Da estranha jornada até que se lembra.
Ninguém até hoje, até agora,
Conseguiu contar as víboras
Da cabeça da velha Górgona.
Até agora as víboras vibram
E confundem os que se atrevem
A contá-las. Mas não só!
Uns rapidamente gritam: trinta!
Mal se viram e pedra vingam.
Outros gritam: sessenta!
De repente, nova estátua rebenta.
Outros não têm sequer tempo
De abrir a boca.
O flerte mortal os atinge. Chance outra
Não há. Não há nada adentro.
Pobre Karfdazov! Curioso Karfdazov!
Dizem ser curiosa toda a gente.
Que será que é pago por
Essa loteria sem volta,
Essa álea diabólica? Aproxima-se
Karfdazov da fila para a grande jaula.
A grande jaula escura e silenciosa.
Todos querem ter a sua vez.
Todos querem o prometido prêmio.
Todos dispostos a tudo estão.
Que lhes importa a razão
A dilacerar suas mais honestas ilusões?
Por um instante, treme Karfdazov.
Sabe que estará entre a vida e a morte.
Sabe que só terá uma chance.
Pobre Karfdazov! Como pretende
Enfrentar essa gente que se
Espreme entre as gordurosas grades
Que dão acesso à Górgona de Salena.
De Karfdazov tenhamos pena.
Ele não sabe contar. Ele não sabe
Ler nem escrever. Nem da realidade
Ele sabe qualquer coisa.
Ah, essa gente eufórica que quer
A vida eterna tentando acertar
Quantas víboras há na cabeça da Górgona!
A vida eterna ou pedra.
Karfdazov é o milionésimo da fila.
Comprou um saco de pipoca.
Sabe que chegará a sua vez.
Sabe que terá a sua chance.
Ele sente que seguirá as instruções.
Ele já imagina quantas víboras
Há na cabeça da Górgona de Salena.
Karfdazov sabe que a fila segue
E, contente, come pipocas.
Vejam como a fila aumenta e segue!
Alguém gritou: quarenta!
Eternidade ou pedra - que importa?
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