quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Adriano Nunes: "Cegamente no que ousou"

"Cegamente no que ousou"

Tão desnorteado o amor
Que nem a si mesmo achou.
Dias e noites, amador,
Cegamente no que ousou.
Quaisquer rumos, rotas ou
Quaisquer regras a supor,
Nenhum sonho se mostrou
Leve ou ameaçador.
Tão sem fulgor, tão sem cor -
Eis a que ponto chegou.
O, libérrimo leitor,
Dize-me, se possível ou
Se por pena ou por favor,
Com quais as asas voou
Aquele lírico amor
De livros, que me animou!

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