Um poeta não se faz só
De palavras e pensamento
Nem do que tanto pulsa adentro.
Um poeta não se faz só.
Às vezes, pousa o próprio invento
No acaso, como se por dó,
Numa plena ilusão, mas só.
Às vezes, poupa-o do alheamento.
Todo poeta não é feito
Sob o forte efeito do sonho,
Do apelo prático do peito
Nem do risco mais enfadonho.
Todo poeta, ser suspeito,
Tem de tudo medo medonho.
Às vezes, pousa o próprio invento
No acaso, como se por dó,
Numa plena ilusão, mas só.
Às vezes, poupa-o do alheamento.
Todo poeta não é feito
Sob o forte efeito do sonho,
Do apelo prático do peito
Nem do risco mais enfadonho.
Todo poeta, ser suspeito,
Tem de tudo medo medonho.
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