quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Adriano Nunes: "Outra manhã"

"Outra manhã" 


Do infinito fez-se
O nó, rito íntimo 
De tudo que era
Preciso ser dito,
O verso esquecido 
A tremer nos lábios 
Do instante impossível,
Clímax e mistério.


Porque era amor.
Porque era mesmo
Um portento, um bálsamo
A compor o agora
Do que mais me penso,
Sintetizo e sinto.
Era o  amor escrito
Qual outra manhã.

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