"Ai, contentamento, grã fugitivo!"
Repleto de esperanças, assim vivo
A cantá-lo, imenso amor, dia a dia,
Não pra espantar o que mais me entedia,
Para isso não preciso de motivo.
Em tudo imerso, agora, pensativo,
Meu coração, outrora o que o impedia
De dar-se à vez, jamais à covardia?
Ai, contentamento, grã fugitivo!
E, sobre meros rabiscos, algo finca-se e
Finda: esse amor há tanto carcomido
A que resiste? Qual íntimo impasse
Envolve-o, como se nada restasse?
Ó, quântico amor, grácil amor lido
Em cada verso meu, dure, não passe!
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