"Nos espelhos de silêncios dos eus"
Mude de rumo, músculo rebelde.
Num cárcere torácico abrigar-se,
Para que vale ou serve? Vã catarse?
Quer parecer um pássaro em céu de-
Testável, devotado à esfera bélica?
Ó, músculo revolto, nunca é tarde
Para parar, rever o que mais arde
Em cada frágil fibra! Falsa réplica
De bumbos, sobre os espectros dos ais
Nos espelhos de silêncios dos eus!,
Mude de rito, rota, regra e mais
Ainda: mude o sumo até dos seus
Ritmos íntimos, do que é demais!
Ó, carne recalcada, rasgue os véus!
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