segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Adriano Nunes: "não há hora"

"não há hora" 


não há hora.
bem mantenho a
alma aberta e os
sonhos entram
- quantos sonhos! -
sem a pressa
de um guepardo.

talvez, rastros
deixem, mas
o que encontro
são vontades,
embaraço e
um covarde
coração.

quando? agora?
nem engenho ou
descoberta. os
sonhos pesam...
- como pesam! -
fecho a porta e
tudo aguardo.

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