Sou um quadro.
Estou retomando um antigo tema.
Sou um quadro
Colorido em demasia, com
Sombras amarelas, azuis e rosas.
Pintaram-me quem me penso
Com certos olhos e bocas.
Há muito, preso à parede
Da existência, não sei mais
Que traços pertencem aos sonhos
Ou à deliciosa realidade
Das coisas comuns.
Colorido em demasia, com toques
De uma vulgaridade íntima.
Rasgam-me os flertes alheios,
Vez por outra e, vez por outra,
Suponho saber sorrir.
Sou um quadro.
Estou enfeitando o infinito
Do ser que já não mais me sinto.
Pintaram-me com as nuvens do amor
E as metáforas das saudades.
Nenhuma traça se atreve
A roer carne das minhas ilusões,
A roda-viva policromática
Das minhas angústias, dos meus medos,
Das minhas inusitadas taras.
O branco faz o fundo.
Alguém grita de lá.
Que traços pertencem aos sonhos
Ou à deliciosa realidade
Das coisas comuns.
Colorido em demasia, com toques
De uma vulgaridade íntima.
Rasgam-me os flertes alheios,
Vez por outra e, vez por outra,
Suponho saber sorrir.
Sou um quadro.
Estou enfeitando o infinito
Do ser que já não mais me sinto.
Pintaram-me com as nuvens do amor
E as metáforas das saudades.
Nenhuma traça se atreve
A roer carne das minhas ilusões,
A roda-viva policromática
Das minhas angústias, dos meus medos,
Das minhas inusitadas taras.
O branco faz o fundo.
Alguém grita de lá.
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