quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Lord Byron: "When we Two parted" (Tradução de Adriano Nunes)

“Quando nós nos apartamos” (Tradução de Adriano Nunes)



Quando nós nos apartamos
 Em silêncio e lágrimas,
O coração em metades
Para separar por anos,
O teu rosto frio e pálido,
O teu beijo mais gelado;
Certo que a hora agourara
Pesar para tanto.

Da manhã o orvalho
Frio imergira na face -
Figurou qual recado
Do que agora constato.
Teus votos estão quebrados,
A tua fama é suave:
Ouço teu nome falado,
E comparto da desgraça.

Diante de mim te tacham,
A meu ouvir mau presságio;
Um calafrio me ganha -
Por que foste demais cara?
Que te conheci não sabem,
Quem te conheceu bastante:
Por ti vou sofrer avante,
Tão profundo pra falar.

Em segredo nos encontramos -
Atormento-me calado,
Que teu peito a deslembrar,
Enganar a tua alma.
Se te encontrar, por acaso,
Após anos tantos,
Como eu devo saudar-te?
Com silêncio e lágrimas.


Lord Byron: "When we Two parted"


When we two parted 
 In silence and tears, 
Half broken-hearted 
To sever for years. 
Pale grew thy cheek and cold, 
Colder thy kiss;
Truly that hour foretold 
Sorrow to this.

The dew of the morning
Sunk chill on my brow —
It felt like the warning
Of what I feel now.
Thy vows are all broken,
And light is thy fame:
I hear thy name spoken,
And share in its shame.

They name thee before me, 
A knell to mine ear; 
A shudder comes over me —
Why wert thou so dear? 
They know not I knew thee, 
Who knew thee too well:
Long, long shall I rue thee. 
Too deeply to tell.

In secret we met —
In silence I grieve. 
That thy heart could forget, 
Thy spirit deceive. 
If I should meet thee 
After long years. 
How should I greet thee ? 
With silence and tears.



BYRON, George Gordon. "When we Two parted".In:____. The Oxford Book of English Verse 1250-1900. Chosen & Edited by Arthur Quiller-Couch. London: Oxford At the Clarendon Press 1912, pp. 688-689.

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