"Yarislavich e o silêncio"
Agora o silêncio desfaz-se.
Yarislavich não vive mais.
As três portas da casa abrem-se
Aos ventos vadios que passam.
O ranger dos móveis e cada
Ruído advindo da grã mata
Provam que o silêncio aplicado
Ao lar era um ato tirânico.
Sir Yarislavich da cidade
Saíra à procura da paz
Que fosse uma ideia de paz
Por pleno silêncio alcançada.
Barulho das gentes e carros
Irritava a alma bastante.
Parecia a saída o campo.
Os sonhos de silêncio tantos
Eram, eram quânticos mares
De totalidades viáveis.
Sir Yarislavich não pensava
Que até mesmo o canto de pássaros
Seria um estorvo implacável.
Projetou para a casa táticas
Capazes de sons abafar.
E conseguira! Nada, nada
De fora adentrava em seu lar!
Nenhum ruído da grã mata.
Por hora, escreve longas cartas,
Textos, poemas, soltas frases,
Tudo que em sua mente atraca.
Tédios, queixas, quimeras, raivas.
Ia pra passeios diários
Com abafadores fixados
Nos ouvidos. Só a palavra
Escrita, sob silêncio máximo,
Lida era que à vida dava
Algum sentido. Já não dá
Para revelar a ti, caro
Leitor, o que dentro das páginas
Há. Talvez só silêncios. Não
Mais que silêncios. Sua arte
Era decantar da palavra
A natureza da linguagem.
Antes de ao suicídio entregar-se,
Percebeu vozes tão estranhas
E tão familiares. Rápido,
Quis as orelhas arrancar.
Pareceu perdida a batalha!
Aquelas vis vozes de antes!
Aqueles conselhos de máquinas!
Quis chorar. Desistira. A mágica
Perdera a razão de ser. Cada
Instante do passado dava
As cartas agora. Risadas
De não sei onde aportavam.
Abrira a gaveta. Do quanto
De tudo, a mais secreta arma
Contra tudo. A mata um disparo
Ouve. Tudo apenas se faz
Silêncio. Sangue, sombras, ais
Yarislavich não vive mais.
As três portas da casa abrem-se
Aos ventos vadios que passam.
O ranger dos móveis e cada
Ruído advindo da grã mata
Provam que o silêncio aplicado
Ao lar era um ato tirânico.
Sir Yarislavich da cidade
Saíra à procura da paz
Que fosse uma ideia de paz
Por pleno silêncio alcançada.
Barulho das gentes e carros
Irritava a alma bastante.
Parecia a saída o campo.
Os sonhos de silêncio tantos
Eram, eram quânticos mares
De totalidades viáveis.
Sir Yarislavich não pensava
Que até mesmo o canto de pássaros
Seria um estorvo implacável.
Projetou para a casa táticas
Capazes de sons abafar.
E conseguira! Nada, nada
De fora adentrava em seu lar!
Nenhum ruído da grã mata.
Por hora, escreve longas cartas,
Textos, poemas, soltas frases,
Tudo que em sua mente atraca.
Tédios, queixas, quimeras, raivas.
Ia pra passeios diários
Com abafadores fixados
Nos ouvidos. Só a palavra
Escrita, sob silêncio máximo,
Lida era que à vida dava
Algum sentido. Já não dá
Para revelar a ti, caro
Leitor, o que dentro das páginas
Há. Talvez só silêncios. Não
Mais que silêncios. Sua arte
Era decantar da palavra
A natureza da linguagem.
Antes de ao suicídio entregar-se,
Percebeu vozes tão estranhas
E tão familiares. Rápido,
Quis as orelhas arrancar.
Pareceu perdida a batalha!
Aquelas vis vozes de antes!
Aqueles conselhos de máquinas!
Quis chorar. Desistira. A mágica
Perdera a razão de ser. Cada
Instante do passado dava
As cartas agora. Risadas
De não sei onde aportavam.
Abrira a gaveta. Do quanto
De tudo, a mais secreta arma
Contra tudo. A mata um disparo
Ouve. Tudo apenas se faz
Silêncio. Sangue, sombras, ais
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