"A Helena" (Tradução de Adriano Nunes)
Helena, tua graça faz-me atentar
Para os barcos de Niceia, de outrora,
Que suaves, sobre fragrante mar,
O exausto e esgotado errante na rota
Puseram da própria nativa orla.
Em mares aflitivos a vagar,
Teu jacinto cabelo, a face etérea,
Teu ar de Náiade deram-me ao lar
Para a glória que fora mesmo a Grécia,
E à magnificência que Roma fora.
Ó, nesta janela-nicho vistosa
Tal qual estátua contemplo-te ereta,
A luz de ágata nas mãos apertas!
Ah, Psiquê, dos recantos
Que são Sítios Santos!
Edgar Allan Poe: "To Helen"
To Helen
Helen, thy beauty is to me
Like those Nicéan barks of yore,
That gently, o'er a perfumed sea,
The weary, way-worn wanderer bore
To his own native shore.
On desperate seas long wont to roam,
Thy hyacinth hair, thy classic face,
Thy Naiad airs have brought me home
To the glory that was Greece,
And the grandeur that was Rome.
Lo! in yon brilliant window-niche
How statue-like I see thee stand,
The agate lamp within thy hand!
Ah, Psyche, from the regions which
Are Holy-Land!
POE, Edgar Allan. "To Helen".In:____. The Oxford Book of English Verse 1250-1900. Chosen & Edited by Arthur Quiller-Couch. London: Oxford At the Clarendon Press 1912, p. 809.
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