"Que fechem os olhos os meus amigos!"
Veio ter com as Górgonas, ainda
Cedo. Não as encarou por receio,
Mas, como era difícil saber
Qual seria a Medusa das três feras,
Buscou o humano traço entre elas.
O que descende da Chuva de Ouro
Pelo reflexo do escudo observou
Das serpentes em movimento as sombras
Que em sua direção vinham, e logo
O resplendor da lâmina projeta-se
Sobre o insólito pescoço do monstro.
Polidectes outra astúcia arquitete,
Pois a cabeça viperina, em breve,
Receberá. Permanece Perseu
Vivo e esvai-se veloz. Ouvem-se os urros
De Euríale e Esteno. À tez do pavor,
A volta para Sérifo... E vos digo:
Que fechem os olhos os meus amigos!
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