"De verter-se no outro, a grã vontade"
Há palavra no corpo, aquela chama
Intensa que não cessa e muito clama
Pela hora dos músculos e atritos,
Olhares frágeis máxime finitos.
De verter-se no outro, a grã vontade.
Átimo de alegria que até invade
O ser-não-ser, a hipótese, o perigo
De imaginar que o outro é o inimigo.
De tíbias e de rádios, embaraços
Mecânicos. De lábios, lábis laços
Que se lançam ao ato decisivo:
Como não ser do amor um fugitivo?
2 comentários:
No amor, estamos todos de passagem, buscando sempre o minuto anterior.
Belo poema!!!
Um abraço.
Wendel
Caro Wendel,
obrigado!
Abraço,
Adriano Nunes
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