"No íntimo do que há"
À vidraça a chuva se agarra.
Com o frio, esvai-se o olhar
Além da paisagem. Nada
De nítido quer restar.
Trôpega, para, à socapa,
Uma andorinha. Solar
Alegria se amalgama
No íntimo do que há.
Faz-se quântica emoção
Em minha retina. A mágica
Palavra me sonda e arde:
É verão uma só ave!
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