"Outro possível escape"
Deixa-me ser qualquer flor
Que ainda penda no galho,
Nesta manhã que se engendra
Tímida, nublada e fria.
Deixa-me ver a alegria
Do vento a invadir as frestas
Que se formam entre as pétalas,
Outro possível escape.
Porque ser quem eu só sou
Já não supre a grã vontade
De liberdade que trago
Nos olhos, no coração.
Deixa-me ser a palavra
Que dita desfaz a amarra,
Arranca a venda e o infinito
Risca, com beijos suaves.
2 comentários:
Olá Adriano,
Acabei de adquirir o seu "Laringes de Grafite" (Vidráguas, 2012) no site da livraria cultura. A leitura promete.
Gostei de alguns poemas seus que li, principalmente o último publicado no sensacional blog do Antonio Cicero. Sou apenas leitor, e a poesia está sempre em primeiro lugar.
Abraços
Arsenio Meira Júnior
Caro Arsênio,
que bom! Espero que goste do livro!
Abraços,
Adriano Nunes
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