"Poética"- Carmen Silvia Presotto
Pela janela do carro,
Eu observo o
Corre-corre rotineiro
De transeuntes
Transtornados pelo acaso.
Os meus sonhos,
Ecos de tudo, relembram-me,
Sem vacilo,
De que posso desviar-me
Das vis regras,
Corvos à espreita do fígado
Já bicado.
Inúmeras folhas rasgo,
Fico tonto,
Nenhum verso quer dar certo,
Quer vingar,
Ficar pronto. Só o esforço,
Carne e osso!
Ai, quanto me desespero!
Vai-se a tarde.
O trânsito, o olhar atento.
De repente,
- Não deve ser diferente
Com os outros
Vates - Lançam-me ao infinito
As sinapses!
Um comentário:
Que feliz estou por este poema Adriano. Salve a Amizade & Poesia que nos une.
Um forte abraço e mil gracias. Ave Poesia!
Carmen Silvia Presotto - Vidráguas.
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