"Ante a artimanha inútil de ter máscaras"
Esta incapacidade de entender
A mim mesmo, de arremessar ao outro
A compreensão que ter eu devia,
De seus erros, limites, diferenças.
Por que me entrego à dor, dessa maneira
Abrupta, sem alívio dar à lida
De todo instante, como se fosse preciso
Assentar cada lágrima em meu ser?
Não será todo erro alheio, meu
Também? Todo limite, toda mágoa,
Em reciprocidade sobre-humana?
Não será que em meu verso o outro mesclo
Com o que penso ser eu, pra ser tantos,
Ante a artimanha inútil de ter máscaras?
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