"O magno eco sináptico"
Para uma conversa franca,
Deuses eles chamam, pois
A ágora está tomada
Por miríade de gentes.
Uma algaravia agora
Faz-se presente, porém,
Parece uníssona, ante
Os que dela se aproximam.
Eis que muito exigem, querem
A básica cesta, toda
A existência sem amarras,
O êxtase de ser livre,
Outro café sem açúcar,
A casa limpa, sem ácaros,
A biblioteca de Borges,
Ítacas, Macondos, Troias,
O magno eco sináptico,
O lápis e a folha em branco
Prontos para declarar
O fim de guerras e mágoas.
Ou mesmo o quântico fim
Dos deuses desmedidos,
Ditadores, demagogos,
Que almejam todo o infinito
Para si, silenciosos
Em suas preces divinas
Para a Grã Humanidade,
Numa submissão patética.
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