Na solidão da minha casa,
Cada coisa está acompanhada.
Garfo e faca,
Sala e sofá,
Terno e traça,
Rádio e rack,
Medo e máscaras.
Para lá,
Para cá,
Só eu ando
Procurando
Os fragmentos da minha alma
Perante as pétalas das dálias
Do grande jardim que não há,
Para ir ter comigo, para
Ter-me como o meu próprio par.
Na solidão da minha fala,
Vê, é quase
Tudo ou nada!
A palavra
Velada, a palavra que vale,
A palavra
Relida, a palavra lacrada,
Palavra que parece dar
Outra palavra, um canto, mas,
Súbita, sagaz, à socapa,
Essa palavra que se traça
Logo escapa.
Tudo ou nada!
A palavra
Velada, a palavra que vale,
A palavra
Relida, a palavra lacrada,
Palavra que parece dar
Outra palavra, um canto, mas,
Súbita, sagaz, à socapa,
Essa palavra que se traça
Logo escapa.
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