“A rima pobre, o ritmo demais gasto!”
Para tecer sonetos é preciso
Mesmo correr o risco de tecê-los
Com os dois pés quebrados e, assim, vê-los
Mancos, com passos trôpegos, sob riso
Mesmo correr o risco de tecê-los
Com os dois pés quebrados e, assim, vê-los
Mancos, com passos trôpegos, sob riso
De algum crítico rígido que, ao lê-los,
Procura por defeitos, qual Narciso
A procurar por si: outro Narciso!
Nisso, o incauto poeta, em atropelos,
Procura por defeitos, qual Narciso
A procurar por si: outro Narciso!
Nisso, o incauto poeta, em atropelos,
Vê-se desesperado. Fossem antes
A rima pobre, o ritmo demais gasto!
Mas não! Tinha que ser o pé quebrado!
A rima pobre, o ritmo demais gasto!
Mas não! Tinha que ser o pé quebrado!
Ó, leitores atentos, importantes
São todas as mancadas que de pasto
Servem pra o que na inveja vem forjado!
São todas as mancadas que de pasto
Servem pra o que na inveja vem forjado!
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