“Que cantam os poetas, nesta noite?”
Que cantam os poetas, nesta noite?
Será que fazem versos bem medidos
Para os tantos sonetos? E, iludidos
Com a vã invenção, percam a noite,
Será que fazem versos bem medidos
Para os tantos sonetos? E, iludidos
Com a vã invenção, percam a noite,
Sem perceber direito quão é linda
A lua, ali, liberta até da noite
Que se esvai, entre estrelas, mera noite,
Que se veste de treva e truque ainda?
A lua, ali, liberta até da noite
Que se esvai, entre estrelas, mera noite,
Que se veste de treva e truque ainda?
Que cantam os poetas, neste instante
De silêncio e sossego, que mais pôr
Querem na folha alva além de amor?
De silêncio e sossego, que mais pôr
Querem na folha alva além de amor?
Será que estão cansados de supor
Que as noites são iguais, que apenas ante
A criação, a noite é noite, e errante?
Que as noites são iguais, que apenas ante
A criação, a noite é noite, e errante?
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