quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Adriano Nunes: "Invisto em ver-te"

"Invisto em ver-te"


Invento ver-te.
Invisto em ver-te
Através de 
Metros e medos.

Assim inverto-te
Em mim, num verso
Verde deveras.
Deve ser mesmo

A primavera.
De ver-te invento.
Em ver-te bem
Invisto, desde

Que o ritmo deixe
Tudo qual era.
Em mim deveras
Um verso deve

Querer rever-te:
Fome de flerte
Através de
Medos e metros.

Por amor, inverte-se
O amor que se
Veste de verve.
Vê: basta ver!

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