"Do que sequer saber quero"
Não me quero conhecer
Além do que inevitável
É. Pra que todos os dados
De mim, sem que possa haver
Algum mistério ou surpresa?
Deixa-me ter do deslize
A sensação de que existe
A angústia, a dor, o prazer,
O erro. Saber-me a quê?
As horas sem hora, o ato
Impensado, o gesto rápido
E desprevenido, a carne
De cada instante vivido
Sem nenhuma régua exata.
Deixa-me entregue ao que valha
Um raio de sol, um pássaro
Voando sem direção,
A emitir seu livre canto,
As coisas como só são.
O espelho já me diz tanto
Do que sequer saber quero.
Até levo o acaso a sério.
Que em mim tudo seja qual
Um verso: estranho e total.
Além do que inevitável
É. Pra que todos os dados
De mim, sem que possa haver
Algum mistério ou surpresa?
Deixa-me ter do deslize
A sensação de que existe
A angústia, a dor, o prazer,
O erro. Saber-me a quê?
As horas sem hora, o ato
Impensado, o gesto rápido
E desprevenido, a carne
De cada instante vivido
Sem nenhuma régua exata.
Deixa-me entregue ao que valha
Um raio de sol, um pássaro
Voando sem direção,
A emitir seu livre canto,
As coisas como só são.
O espelho já me diz tanto
Do que sequer saber quero.
Até levo o acaso a sério.
Que em mim tudo seja qual
Um verso: estranho e total.
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