"Agosto" (Tradução de Adriano Nunes)
Sem vento, sem ave. O rio qual bronze arde.
Nos dois lados, rendidos como com um átimo
De silêncio, os vales fulgem . Na grama grave,
Focando estradas sob pó, deitam qual punhados
Caem de folhas murchas de árvore e galho.
Ao longo da cerca do pomar e ao portão,
Forçam tochas de açafrão através da calma,
Lírios brilham, e abelhas zunem cedo e tarde.
Cúprica a esquálida roseira alta não
Deixou Rosa. A aranha fixa o tear lá
Perto das raízes, e sob o sol maquina
De seda uma teia de ramo em ramo. O ar
Cheio está de ardentes cheiros. Sobre a colina
Vaga a nuvem só do meio-dia, alva, calma.
Nos dois lados, rendidos como com um átimo
De silêncio, os vales fulgem . Na grama grave,
Focando estradas sob pó, deitam qual punhados
Caem de folhas murchas de árvore e galho.
Ao longo da cerca do pomar e ao portão,
Forçam tochas de açafrão através da calma,
Lírios brilham, e abelhas zunem cedo e tarde.
Cúprica a esquálida roseira alta não
Deixou Rosa. A aranha fixa o tear lá
Perto das raízes, e sob o sol maquina
De seda uma teia de ramo em ramo. O ar
Cheio está de ardentes cheiros. Sobre a colina
Vaga a nuvem só do meio-dia, alva, calma.
Lizette Woodworth Reese: "August"
August
No wind, no bird. The river flames like brass.
On either side, smitten as with a spell
Of silence, brood the fields. In the deep grass,
Edging the dusty roads, lie as they fell
Handfuls of shriveled leaves from tree and bush.
But ’long the orchard fence and at the gate,
Thrusting their saffron torches through the hush,
Wild lilies blaze, and bees hum soon and late.
Rust-colored the tall straggling briar, not one
Rose left. The spider sets its loom up there
Close to the roots, and spins out in the sun
A silken web from twig to twig. The air
Is full of hot rank scents. Upon the hill
Drifts the noon’s single cloud, white, glaring, still.
On either side, smitten as with a spell
Of silence, brood the fields. In the deep grass,
Edging the dusty roads, lie as they fell
Handfuls of shriveled leaves from tree and bush.
But ’long the orchard fence and at the gate,
Thrusting their saffron torches through the hush,
Wild lilies blaze, and bees hum soon and late.
Rust-colored the tall straggling briar, not one
Rose left. The spider sets its loom up there
Close to the roots, and spins out in the sun
A silken web from twig to twig. The air
Is full of hot rank scents. Upon the hill
Drifts the noon’s single cloud, white, glaring, still.
REESE, Lizette Woodworth. This poem is in the public domain. Published in Poem-a-Day on August 22, 2015, by the Academy of American Poets.
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