quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Adriano Nunes: "Quase linguagem"

"Quase linguagem"


Foste o teu corpo.
Eu, a moeda
De um vivo norte.
Já madrugada
Era, por sorte -
Tanto cansaço,
Tanta conversa
Nem sempre honesta.

Fica a ilusão
De qualquer dia
Explodir a
Vasta alegria
No coração,
Sem que se diga
Outra mentira
Pra tudo e nada.

A primavera
Virá em breve.
Que mais persegues
Além da tara
Voraz, metálica,
Certa, à socapa?
Espera! Espera!
Delícia eras!

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