"Todo mundo" - para Ricardo Silvestrin
Já está estabelecido
Que todo mundo nunca é todo
Mundo, nunca é. Pois pode até
Parecer esquisito, mas
Quando é dito "todo mundo"
O todo logo é excluído.
E ninguém quer parte fazer
Do todo toda vez, é justo.
Ao sentenciar todo mundo
Quer, pode, gosta, curte, ama,
Só mesmo o utópico emissor
Não vê o que em si se passou
E quanto, por todos, se engana.
Cada quimera em cada galho:
Todo todo é desnecessário.
Todo todo é todo impreciso.
Todo todo todo a ser, claro.
Então resta desaprender
Que todo todo é mesmo todo.
Digo: nem todo tolo é tolo.
Porém aquele livre pássaro
A voar carrega em si, dentro,
Mais que todos os pensamentos,
O indecifrável infinito.
Que todo mundo nunca é todo
Mundo, nunca é. Pois pode até
Parecer esquisito, mas
Quando é dito "todo mundo"
O todo logo é excluído.
E ninguém quer parte fazer
Do todo toda vez, é justo.
Ao sentenciar todo mundo
Quer, pode, gosta, curte, ama,
Só mesmo o utópico emissor
Não vê o que em si se passou
E quanto, por todos, se engana.
Cada quimera em cada galho:
Todo todo é desnecessário.
Todo todo é todo impreciso.
Todo todo todo a ser, claro.
Então resta desaprender
Que todo todo é mesmo todo.
Digo: nem todo tolo é tolo.
Porém aquele livre pássaro
A voar carrega em si, dentro,
Mais que todos os pensamentos,
O indecifrável infinito.
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