sábado, 1 de agosto de 2015

Adriano Nunes: “As mulheres da Baviera”

“As mulheres da Baviera”


Ante os olhares do acaso, ali, elas
Deixam de lado todos os tecidos
Formosos, joias, livros sequer lidos,
E, nas costas, contentes, com cautela,

Colocam os seus filhos e os maridos.
Até o Duque atado é por fivelas.
Súbito o peito do Imperador gela
Ao ver gestos de valor atrevidos.

Lágrimas caem da face de Conrado
Terceiro, o assediador. Não pudera
Jamais pensar em ato tão honrado

Por essas mulheres da Baviera
Feito. Do coração, a primavera
Do perdão. Tudo então é perdoado.

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