"Ante a mecânica do nada"
Não somos senão qualquer tralha.
Que pode a máquina da vida
Ante a mecânica do nada?
Quem mais quer alma mais se arrisca.
Que pode a máquina da vida
Ante a mecânica do nada?
Quem mais quer alma mais se arrisca.
Ó maquinário de carne e carma!
Ó carroça a ser preenchida
Por esperanças demais gastas!
Ó palco de dramas e ditas!
Ó carroça a ser preenchida
Por esperanças demais gastas!
Ó palco de dramas e ditas!
À mercê do que nos assalta
Estamos, sem uma saída.
E com as presas afiadas
O acaso nos rasga e mastiga.
Estamos, sem uma saída.
E com as presas afiadas
O acaso nos rasga e mastiga.
Ó mecanismo de corte e cláusulas
Desde muito estabelecidas!
Ó cruel arena de lástimas
Em que sermos cobaia é sina!
Desde muito estabelecidas!
Ó cruel arena de lástimas
Em que sermos cobaia é sina!
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