segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Adriano Nunes: "Que em verso verte-se"

"Que em verso verte-se"


Abro a janela.
A brisa, a noite
Com as estrelas,
Tudo parece
Ter harmonia
Por ser tão breve.
Quântico corte
Sobre a retina,
Por um açoite
De sentimentos.
E o além se abriga
No próprio ver
Que em verso verte-se.
Tudo é tão tenso!
Eis que em algum
Recanto, as Parcas
Astutas traçam
A vida e a morte
Pra qualquer um.
O que haveria
De ser, o que
Tanto ilumina.

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