"Ao vácuo do olvido"
Tristeza, desculpa-me
Por abandonar-te
Naquela vã tarde
De segunda-feira.
Sei que não foi mesmo
A primeira vez
Que fiz isso, mas
Foi preciso. Um erro,
Quem sabe, até grave
Seria se eu
Procedesse de
Distinta maneira.
Entende, tristeza.
Vê! A noite esvai-se
Sem o teu matiz,
E tudo em redor
Finca-se, feliz,
No existir e só.
Mas... Espere um pouco,
Há algo que devo
Revelar-te: esconde-te,
Longe, muito longe!
Toda a humanidade
Quer eliminar-te
Pra sempre, lançar-te
Ao vácuo do olvido.
Sim, às vezes, volta
Para que eu possa
Escrever poemas
E tentar ser outro.
Até mais, tristeza!
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