"Sem nem saber que tudo é vão"
Enquanto espero, no salão
De beleza, a minha vez, penso
Meu mundo. Quanto ele intenso
É para o meu só coração,
Que vive, em rítmica ilusão,
Repetindo o batuque denso
De cada momento, sem senso,
Sem nem saber que tudo é vão.
Desperto-me para a chamada
Da secretária. Serei eu
A Medusa precipitada,
Perante a espada de Perseu,
Pronta pra os báratros do nada,
Para o ser que em mim se perdeu?
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