"Minha voz é que me sente"
Resta um sentido pungente
Nesta noite. Pra cantá-lo,
Até mesmo me apunhalo.
Minha voz é que me sente.
De cada som sou vassalo,
Mas também um confidente.
Dói-me o eco persistente
Dos desenganos que exalo.
Ó, coração sem um norte,
Por que brada assim tão forte?
Por que súbito dispara?
Entre tanto tédio e tara,
A existência faz-se rara.
Erato que me conforte!
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