"Como seria até louvável"
Já dizia um clássico bardo:
Como seria até louvável
Se qualquer poeta, um amigo
Nosso, de meus versos, vos digo,
Abrigo fizesse, mas, honesto
Fosse, ao mudá-los, e, de resto,
Como escárnio, honrasse-me com
Uma epígrafe, o que já bom
Seria. O plagiário, mudo,
Pelo contrário, faz de tudo,
Pra esconder provas do seu furto,
E, com sua trapaça, altera
Pouco o metro, o ritmo, o sentido,
Iludindo seu tolo público.
Não tarda e é desmascarado
Pela História da Arte. O gênio
Criador não tem. Vive, coitado,
A esperar poemas alheios
Pra arquitetar os seus - que meio
De sofrer estranho, que ingênuo!
Pois, com seu íntimo fracasso,
Deixemo-lo. E que ele leia
Meu poema e veja que a veia
Poética a defendê-lo se presta,
Quebrando dos dois últimos versos a métrica.
Como seria até louvável
Se qualquer poeta, um amigo
Nosso, de meus versos, vos digo,
Abrigo fizesse, mas, honesto
Fosse, ao mudá-los, e, de resto,
Como escárnio, honrasse-me com
Uma epígrafe, o que já bom
Seria. O plagiário, mudo,
Pelo contrário, faz de tudo,
Pra esconder provas do seu furto,
E, com sua trapaça, altera
Pouco o metro, o ritmo, o sentido,
Iludindo seu tolo público.
Não tarda e é desmascarado
Pela História da Arte. O gênio
Criador não tem. Vive, coitado,
A esperar poemas alheios
Pra arquitetar os seus - que meio
De sofrer estranho, que ingênuo!
Pois, com seu íntimo fracasso,
Deixemo-lo. E que ele leia
Meu poema e veja que a veia
Poética a defendê-lo se presta,
Quebrando dos dois últimos versos a métrica.
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