"Poesia"
Entre alfarrábios e bibliotecas,
Em busca das pérolas do vernáculo,
Atrás do que ao meu âmago interessa,
Sem pressa, sem temer erros de métrica,
Entregue às soluções, quase pragmático,
Sem proezas supérfluas, sob a fresta
Da emoção de que a leitura me alarga,
À procura da metáfora bruta,
Da palavra que verse, vingue e valha
Além do cerne, da carne e da culpa,
Mais que miragens, memórias ou mágicas,
Insólita caçada que me ocupa,
Que exige de mim leve lábia e luta,
Que quer a qualquer custo grácil canto,
Mesmo pronto pra vida eu não estando,
Para dizer-te, com prazer, meu bem,
Com os clichês que calham e convêm,
Como em mim, Poesia, ardes tanto!
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