quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Adriano Nunes: "Enquanto o eu se desmembra"

"Enquanto o eu se desmembra"


Rendido à rede de renda,
A ver o verso verter-se
Em vida, vislumbro a vez
De ter disso a consciência. 

O balanço abriga bem
Ritmo e rima e risco e rege
Todo o espetáculo estético,
Enquanto o eu se desmembra.

Aonde me leva a fresta
Que se faz infinda festa
De ideias? Que pode além
Haver dessa hora intensa?

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