domingo, 24 de janeiro de 2016

Adriano Nunes: "De infinito e estética"

"De infinito e estética"

Dizem ser
O alvo do poema
Esse:
Destituir-se

De interesse.
Ser apenas
O que é: poema.
Do fim ao começo.

Não político panfleto
Nem mesmo
Lírico esquema
Para íntimos segredos.

Ora! Mas ao querer
Definir o que
É um poema,
Não se finca em

Símile erro?
Um poema
Não precisa de
Rodeios,

Regras ou rédeas.
É o que é
Quando quer.
Quando não, cessa

A própria chama
De criação.
Eis que estão
À mão quimeras

Mágicas: todas
As táticas de invenção.
De infinito e estética
Seus desejos.



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