"Ao menos, em um verso"
Às vezes, penso que
As palavras são só minhas.
Assim como o que não há
Ser só meu imagino.
O ritmo do infinito,
Toda quimera mágica,
Amados abismos íntimos!
As palavras são só minhas.
Assim como o que não há
Ser só meu imagino.
O ritmo do infinito,
Toda quimera mágica,
Amados abismos íntimos!
Cresci entre velhas caixas
De geladeira e mapas,
Papéis de firma e poeira -
Onde me fiz menino.
Ah, as palavras tão minhas!
Como dói vê-las, sozinhas,
Sem mim, noutros escritos
De geladeira e mapas,
Papéis de firma e poeira -
Onde me fiz menino.
Ah, as palavras tão minhas!
Como dói vê-las, sozinhas,
Sem mim, noutros escritos
A sentidos distintos
Dadas, sem que fazer
Eu possa mesmo nada,
Sem que eu possa domá-las,
De novo! Às vezes, tento
Esquecer essas metáforas
De carne e alheamento.
Dadas, sem que fazer
Eu possa mesmo nada,
Sem que eu possa domá-las,
De novo! Às vezes, tento
Esquecer essas metáforas
De carne e alheamento.
E entro no labirinto
Em que me peso e sinto
Pra ver se a vida dá certo,
Ao menos, em um verso.
Em que me peso e sinto
Pra ver se a vida dá certo,
Ao menos, em um verso.
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