"Portento é a Poesia"
Basta um curto olhar e já
Há motivo pra porrada.
Basta um gesto, uma palavra,
Há motivo pra porrada.
Basta um gesto, uma palavra,
Para disparar-se a arma.
Basta a bosta duma cláusula
Exclusiva pra matar
Basta a bosta duma cláusula
Exclusiva pra matar
Quem na regra não se enquadra.
Basta a fala imaginar
Pra que haja intolerância e
Basta a fala imaginar
Pra que haja intolerância e
Discordância, pelas várias
Interpretações que emanam
De seus registros, relatos.
Interpretações que emanam
De seus registros, relatos.
Basta a brasa da bravata
Para acabar com a parte
Contrária, em nome do ato
Para acabar com a parte
Contrária, em nome do ato
Que precisa ser honrado.
Basta a briga pelo palco
Do poder para o barraco
Basta a briga pelo palco
Do poder para o barraco
De raiva estar consumado.
Basta quem um riso ganhe,
Quem atenção logo chame,
Basta quem um riso ganhe,
Quem atenção logo chame,
Pra o vírus ver do vexame,
Da inveja, da vã vaidade.
Tudo sangra, tudo esvai-se.
Da inveja, da vã vaidade.
Tudo sangra, tudo esvai-se.
Basta uma vírgula, e a paz,
Repentinamente, jaz.
Desde Homero se sabia:
Repentinamente, jaz.
Desde Homero se sabia:
Portento é a Poesia!
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