Pelos vãos do meu ser, tão forte e fundo
Passo noites e dias, dissolvido
Nos poemas que leio, maquinando
Sonhos, sentidos, sons e, mesmo quando
O ler já passou, sinto que lapido
O outro que me sou. Muito que quero
Desse instante de metro e ritmo intensos
Logo se precipita no que penso,
E forja-me em verso, em um amor vero.
Vasto prazer propaga-se em palavras,
Pelos vãos do meu ser, tão forte e fundo,
Quântica finalidade sem fim
Que se funde à vida de tudo e vaza,
Para múltiplo engendrar o meu mundo,
Alegrando o leitor que há em mim.
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