terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Adriano Nunes: "Co' os riscos da Poesia" - Para a minha amada mãe

"Co' os riscos da Poesia" - Para a minha amada mãe



Quantas noites veio a mim
A Poesia alegrar-me!
Vingava a varar-me a carne
Do sonho, com seus alardes
De oximoros e metáforas,
Com as setas do sem-fim. 

Quânticas as madrugadas,
Quando eu a esperar por ritmos
E rimas, ia bem mais tarde
Ao deus Morfeu entregar-me,
Embriagado de inícios
Infindos, dos meus rabiscos.

Quase me dei por vencido,
No primo verso que fiz.
Quem a fundo mesmo sabe
Verter o que arde em Arte?
De Erato era aprendiz,
Um incansável menino

Que só ser feliz queria,
Co' os  riscos da Poesia.

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