"Do acaso, quem se vale bem?"
Corajosas aquelas
Que levam porrada na face
E não se calam fácil,
Não se intimidam, gritam
Alto a brutalidade vista,
Pra os que ainda não sabem,
Pra os que se veem covardes.
Corajosas aquelas
Que vão adiante, que correm
À porta da Justiça, fortes,
Feridas, sendo elas.
Belas flores sem pétalas.
Mesmo com hematomas
À mostra, mesmo com vergonha
Da mídia e da grã massa,
Mesmo ouvindo piadas.
Corajosas aquelas
Que também se calam, que temem
O inesperado. O mal
Tão íntimo, banal.
Do acaso, quem se vale bem?
Não há lógica em condená-las.
Ninguém por ser mais frágil
Deve assim ser culpado.
O sociável bicho frívolo.
Ó, não chamem de homem
O desmedido bicho
Que numa mulher bate.
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