"Outro poema às mães" (Tradução de Adriano Nunes)
Outro poema às mães
Mãe, estou tentando
escrever
um poema pra você -
o qual é tal a maioria
dos poemas às mães
deve começar - ou, Que queria
dizer, Mãe ... mas
nós quais crias das mães,
mesmo quando mães somos,
não suportamos nossos poemas
a elas. Poemas às
mães fazem-nos sentir
pequenos de novo. Como descrever
esse cosmo em que as mães giram
e consomem e guardam
e amam-nos, que se alarga
além dos anos e homens e milhas?
Aquelas particulares mãos que poderiam
suavizar qualquer coisa: a manteiga no pão,
frescos lençóis ou o tempo. É
o portento delas, bom ou não,
Aquelas mãos maternas que afagam
e moldam e dão tapas,
que junto te preparam
as peças de um lar melhor
ou a vida na qual tentarás
viver. Mãe,
Não tenho feito melhor
que os demais, mas por hora,
eis a tua carência sagaz.
Erin Belieu: "Another Poem for Mothers"
Mother, I’m trying
to write
a poem to you—
which is how most
poems to mothers must
begin—or, What I’ve wanted
to say, Mother...but we
as children of mothers,
even when mothers ourselves,
cannot bear our poems
to them. Poems to
mothers make us feel
little again. How to describe
that world that mothers spin
and consume and trap
and love us in, that spreads
for years and men and miles?
Those particular hands that could
smooth anything: butter on bread,
cool sheets or weather. It’s
the wonder of them, good or bad,
those mother-hands that pet
and shape and slap,
that sew you together
the pieces of a better house
or life in which you’ll try
to live. Mother,
I’ve done no better
than the others, but for now,
here is your clever failure.
From The Poet’s Child (Copper Canyon Press). Copyright © 2002 by Erin Belieu.
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