"O que em meu ser saber-me edito"
Chove. Desaba o infinito
Sobre a velha casa, sobre-
Tudo, sobre a dor que cobre
O que em meu saber-me edito.
Manhã de assombros. Dito
Líquido que se descobre,
Gota a gota, agora, sobre
O olhar já no instante inscrito.
Chove. Do báratro íntimo,
Tento guardar o que estimo,
Em cada signo, qual ode
De Horácio, o grã sol, o de
Abrigar-me, e que bem pode
O estio à vez dar, no mínimo.
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